20 de setembro de 2009

20 de Setembro

Tradicionalismo gaúcho. E o que mais falar neste dia glorioso? Que beleza ver que as tradições continuam sendo mantidas. E não é necessário haver uma data comemorativa para que elas apareçam aos olhos de todos. No cotidiano facilmente notam-se vários costumes gaudérios nas casas e ruas rio-grandenses. As datas comemorativas apenas enaltecem tais tradições e costumes. O único problema foi o desfile de ontem que fez o trânsito ficar congestionado, me fazendo chegar apenas no final do primeiro tempo do jogo do Juventude. Mas tudo bem, foi por uma boa causa.

Neste 20 de Setembro proponho uma análise acerca do Hino Rio-Grandense. Pouca gente conhece da história do hino e nessa eu me incluo. Incluia, pois pesquisei um pouco e achei tão interessante que resolvi comentar por aqui.

Nosso Estado chegou a ter três diferentes hinos em sua história. A origem do hino vem da tomada da Vila de Rio Pardo. Na ocasião foi aprisionado um batalhão imperial com sua banda. O mestre da banda capturado, Joaquim José de Mendanha, grande compositor mineiro, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória farroupilha. Mendanha fez a melodia e o capitão Serafim José de Alencastre escreveu uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo. Praticamente um ano depois, foi composta uma nova letra, mas seu autor é desconhecido. Após o fim do movimento, uma terceira letra veio a tona. A letra de Francisco Pinto da Fontoura teve aceitação popular e era repassada a todos como sendo a oficial. Esta versão é basicamente a mesma da atual. Com o centenário da revolução se aproximando, no ano de 1934, um grupo de intelectuais resolver eleger uma versão para ser a letra oficial do Hino do Rio Grande do Sul, sendo escolhida a última versão. Em 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense por força da lei. Contudo, a segunda estrofe foi suprimida. Eis a parte descartada:

Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos;
Sejamos gregos na Glória,
E na virtude, romanos.

Portanto, eivado desse sentimento tradicionalista, tome um chimarrão, coloque a pilcha e cante o hino farroupilha. Mais que cantar, reflita sobre a letra e tenha o hino como lição. Semeie a virtude, a força e a bravura. E que sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra.

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