8 de setembro de 2009

Brasil, potência militar

Cada vez mais se tem notícia de aquisições e acordos militares que o Brasil vem fazendo mundo a fora. E o mundo inteiro começa a ficar de olho. Li hoje uma reportagem do jornal espanhol El País que relatava a última negociação militar entre Brasil e França. O acordo milionário conta com a aquisição de 5 submarinos, sendo um deles nuclear, 50 helicópteros militares e mais a tecnologia para produzi-los em território nacional. Não bastasse isso, também entra na jogada a compra de 36 caças de combate Rafaele, juntamente com a aquisição de tecnologia para também produzirmos tais aeronaves. Por outro lado, a França adquire 10 aeronaves de transporte da Embraer. O acordo, segundo o jornal espanhol, consolida o Brasil como a primeira e indiscutível potência militar da América do Sul e, ainda, diz que o objetivo brasileiro é contar em 2020 com a maoir força naval da América Latina, equipada com submarinos, navios, mísseis de longo alcance, torpedos, aviões e helicópteros, todos com tecnologia de ponta.

Lula, ao realizar o acordo com Sarcozy, declarou que é preciso proteger os recursos naturais do país, principalmente o Pré-Sal, pois sabe que o petróleo é causa de muitas guerras pelo planeta. Para complementar, falou que o Brasil não quer guerra, nem conflitos. Um tanto paradoxal no meu ponto de vista. Lula se equipa para guerra e diz que não a quer. Uma vez que você compra uma arma, o vizinho sente-se inseguro e compra outra também ou toma outras atitudes, como aliar-se com outro parceiro mais forte. Quer evitar conflitos? Invista na diplomacia.

Este acordo com a França pode ajudar o Brasil a conseguir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Ainda mais depois da declaração do Ministro das Forças Armadas Britânicas que defendou a posição do Brasil no Conselho. Organização que deveria passar por uma baita reforma estrutural, pois a igualdade entre os membros é bonitinha no papel, porém parece estar longe de aconter.

Para os brasileiros parece interessante esses avanços na política e polícia mundial. Temos a sensação de que estamos subindo os degraus para nos juntarmos ou estar no mesmo patamar que os grandes. Em contra partida, isso só aumenta a visão dos países latino-americanos de ver o Brasil como Império da Região. O que é melhor, pensar em si e emergir a qualquer custo ou estabelecer uma cooperação e crescermos juntos? Os grandes estão com medo do nosso crescimento e estão se aliando ou dando pequenas rasteiras. Os pequenos fazem a mesma coisa, porém mais por baixo dos panos. E ninguém vê que somos todos um só...

Um comentário:

  1. Poisé né...meio contraditorio essa decisão tomada! Abastece o país com armamentos e afins, de boa qualidade e diz que não espera guerra, acredito que alguns paises se sentiram "ameaçados" pelo Brasil com esse ato, os equipamentos que ele comprou tem um proposito, o uso deles na guerra né, isso todo mundo sabe! enfim, pelo menos estamos bem equipados caso ocorra alguma coisa a longo prazo, tambem estamos crescendo de alguma forma, e concordo que deviamos nos aproximar mais dos paises vizinhos, se o crescimento for em massa, melhor ainda. Entao basta esperar as proximas negociações e torcer para que elas sejam realmente em prol a America Latina e não só o Brasil.

    ResponderExcluir